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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Cardeal Burke é premiado por líderes pró-vida dos EUA por defender a ‘fé, vida e família’ apesar das perseguições

Por: Pete Baklinski, 27 de janeiro de 2017
Tradução: Traditio Catholicae
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WASHINGTON, D.C., 27 de janeiro de 2017 (LifeSiteNews) Por seu trabalho em "defender a fé, a vida e a família de todos os lados", o Cardeal Raymond Burke recebeu o premio Law of Life Achievement, concedido por líderes pró-vida que se reuniram numa reunião de cúpula antes da Marcha pró Vida em Washington, D.C. ontem (26 de janeiro).

"[O Cardeal Burke] tem sofrido muito pela causa da vida e da família", disse John-Henry Westen, do ‘LifeSiteNews’, à multidão de líderes e ativistas pró-vida que se reuniram na cúpula anual.

"Ele tem suportado alegremente esse sofrimento, sua humilhação pública que tem recebido de todos os lados. Toda vez que você falar com ele, você irá ouvir a sua preocupação que não tem nada a ver com ele mesmo, [mas] sempre pela fé, pela vida e pela família", disse Westen.

O prêmio consiste em uma réplica emoldurada do prego usado para segurar os pés de Cristo à cruz. Ele é dado àqueles que sofreram na luta para defender e proteger a vida e a família. Burke não pôde estar presente ao evento para receber o prêmio.

O cardeal Burke, patrono da Soberana Ordem Militar de Malta e uma das maiores autoridades mundiais sobre o direito canônico católico romano, tem sido um franco defensor dos ensinamentos pró-vida e pró-família da Igreja.

Em seu compromisso com a defesa dos sacramentos, mantendo-se firme na doutrina da Igreja contra o aborto, o cardeal tem insistido com frequência que os políticos católicos persistentemente pró-aborto sejam proibidos de receber a Santa Comunhão, como consta na lei canônica.

Ele tem chamado à luta contra a onipresente ‘mentalidade contraceptiva’, [uma luta] "necessária" para restauração da cultura da vida, e tem defendido os pais como educadores primários de seus filhos e tem defendido fortemente o casamento como a união sagrada entre um homem e uma mulher.

Burke tem exortado os católicos em numerosas ocasiões nos últimos dois anos a se prepararem para o martírio em face da crescente oposição aos claros ensinamentos da Igreja sobre o casamento e a família.

Seu lema "Secundum Cor Tuum" (Segundo o Vosso Coração) vem da oração "Ó bom Jesus, fazei de mim sacerdote segundo o Vosso Coração”.

O Cardeal falou sobre os problemas surgidos durante o Sínodo sobre a Família, afirmando que uma porta para oferecer a Sagrada Comunhão para católicos civilmente divorciados e “recasados” “não existe e não pode existir”. Ele chamou o relatório final do Sínodo de “enganoso de uma forma muito séria” especialmente pelo seu tratamento aos sacramentos e da responsabilidade parental para a educação.

Em uma entrevista de 2015, Burke disse que estava feliz por ser rotulado como "fundamentalista" se isso significasse sustentar os fundamentos da fé.

Ele causou uma tempestade de fogo no ano passado, quando declarou que a exortação do Papa Amoris Laetitia não era "um ato do magistério", mas uma "reflexão pessoal do Papa" e, portanto, não "obrigatória em consciência".

Sua forte e inflexível voz lhe trouxe inimigos, mesmo dentro da Igreja, e nos mais altos níveis.

Em 2013, o Cardeal foi removido pelo Papa Francisco da Congregação para os Bispos, o influente departamento que supervisiona a seleção de novos bispos, enquanto prelados liberais, como o Cardeal de Washington Donald Wuerl e o Arcebispo de Westminster, Vincent Nichols, foram adicionados para substituí-lo. Sob o [pontificado do] Papa Bento XVI, Burke teria desempenhado um papel importante nas nomeações de alguns dos bispos mais ortodoxos dos Estados Unidos e de outras nações.

Burke também foi rebaixado pelo Papa Francisco em 2014 do cargo de Prefeito da Signatura Apostólica devido ao que os críticos disseram ser sua defesa intransigente do ensino da Igreja sobre questões da vida e família. Ele foi removido da Congregação para o Culto Divino em novembro, depois de submeter os "Dubia" ao Papa.

Westen disse aos líderes pró-vida no evento que "não há ninguém que eu tenha visto que use o vermelho mais merecidamente que o Cardeal Burke", referindo-se à cor [das vestes] simbolizando o martírio.

"Ele não se esquivou da verdade, apesar de ser rebaixado, ridicularizado, visado, atacado pela mídia mundial e cruelmente difamado até mesmo por seus irmãos bispos", disse Westen nos comentários adicionais para esta notícia.

A cúpula do Law of Life (Lei da Vida, na tradução literal) reúne líderes pró-vida, estudantes e ativistas a fim de "criar objetivos mensuráveis e realizáveis para defender a santidade da vida humana". Entre os palestrantes deste evento estão Jill Stanek, Lila Rose e David Bereit.

Os premiadoss anteriores do prêmio incluem John-Henry Westen (2013), Michael Hichborn (2014), Mary Wagner e Thomas Brejcha (2015), e David Bereit (2016).

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